Como a Flavia Aranha fez uma coleção de tingimento natural em escala industrial
Quando vamos falar de moda sustentável no Brasil, não tem como não mencionar a Flavia Aranha. Ela foi uma das primeiras marcas que conheci do segmento e desde o seu nascimento ela vem trazendo uma verdadeira revolução quando o assunto é tecnologia e sustentabilidade.
Fundada em 2009, ela veio ao mundo com um propósito: produzir roupas vivas. Através de do processo ancestral do tingimento natural, a marca utiliza de colorações naturais de origem renovável, como cascas de árvore, frutos, folhas e raízes para produzir suas peças. Além de optar por fibras naturais como o algodão orgânico e o linho.
Calma, ali em cima eu falei sobre inovação e até agora só comentei sobre processos extremamente artesanais. A Flavia Aranha fez do seu ateliê um laboratório para estudar novos processos para a indústria da moda sustentável, visando trazer inovações para o mercado e contribuir com impacto positivo para o mundo.
Em 2014 a marca implementou seu primeiro maquinário para o tingimento das peças. O processo ainda extremamente artesanal, com cada peça de roupa mergulhada na coloração, mas este foi o primeiro passo para tornar o processo de tingimento natural industrial.
A mais recente virada de chave veio juntamente com a nova coleção Brota, que pela primeira vez, a marca conseguiu tingir naturalmente rolos de tecido. Ou seja, ao invés de tingir peça por peça individualmente, as roupas já foram produzidas em tecidos pré-tingidos.
As cores trabalhadas nessa coleção foi o terracota, proveniente da catuaba. O chumbo, feito através de uma combinação de romã e ferro. E o off-white que é a cor da própria fibra do algodão. Ah, vale lembrar que todas as peças foram produzidas em algodão orgânico.
Claro que eu fui lá dar uma espiadinha :)
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